sexta-feira, 2 de agosto de 2019

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Aprender. Aprender. Apreender...




     Quem ensina precisa aprender como ensinar. Alunos que precisam ensinar aprendem muito mais, sem notar que estão aprendendo. O aprendizado se dá assim: como eu faço para chegar à Barra Funda?
     Se você é de São Paulo e, conhece a Barra Funda, provavelmente sabe como chegar lá. Mas, como explicar? Como orientar alguém para chegue lá?  
     Isso é aprendizado...
     
      Imediatamente o seu cérebro (e todos os conhecimentos que você adquiriu sempre que foi à Barra Funda) começa a reunir informações, organiza imagens, rotas, linhas de ônibus e metrô, talvez trem, tempo de duração e trajeto, melhor caminho e percurso mais barato, estratégias e observações importantes acerca do tempo, fluxo, trânsito, horário de pico. Tudo isso em apenas alguns segundos.
     Ao explicar, tudo é válido e auxilia no entendimento, o gestual, anotações num papel, talvez um aplicativo de mapas, nomes de avenidas e linhas de transporte coletivo. Uma série imensa de dados e informações são reunidas e, ensinando como chegar à Barra Funda, você aprende não só como ensinar, como reforça tudo o que já conhecia. A mera repetição e recordação desses dados garante que você compreenda tanto ou mais do que já sabia. E faz reflitir ainda mais acerca do caminho que indicou até a "Barra Funda".


    Com o conhecimento funciona exatamente assim, especialmente em ambiente escolar, de periferia e com tão poucos recursos (na verdade nenhum). Alunos que ajudam alunos aprendem mais, reforçam o que aprenderam e desenvolvem instinto de cooperação, colaboração e compreensão acerca do outro. Compaixão, sentimento de parceria e altruísmo são possíveis efeitos colaterais.

  Caos, colabora comigo?

PS: é possível ainda que a pessoa fracasse e não consiga chegar à Barra funda, contudo, ficara também o aprendizado de é necessário ser mais preciso e eficiente ao explicar.

domingo, 30 de setembro de 2018

Hoje não tem aula!
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sábado, 29 de setembro de 2018

                  Hoje não tem aula!
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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Aprender a aprender...
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          Freire dizia que é preciso haver método, e que o professor não pode abrir mão de experimentar, observar, anotar e experimentar de novo. Só assim é possível saber exatamente o quanto e se os alunos aprenderam. 
      É nossa obrigação ensinar e observar se esse ensinar funciona efetivamente. Encher a lousa não é ensinar. Dar sermão não é ensinar. Dizer que o "governo" não presta não é ensinar, não é nem de longe um argumento válido. É tornar-se tão estúpido e escroto quanto aquele que criticamos.

           Caos, que tal parar de reclamar e trabalhar de verdade?





quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Tranquilo, tranquilo.
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                   Continua tudo bem na educação pública. Não precisam se preocupar, não. Tá tudo bem.


            Caos, você é feito de quê?





quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O que realmente importa.
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        Meu sonho é que um dia as pessoas deem tanta importância, tempo e dinheiro às escolas quanto dão às igrejas, futebol e reality show. Na verdade bastariam 10% desse importância, tempo e dinheiro. Na verdade bastava 1%. Mentira, qualquer doação já será bem recebida... Em terra de cego quem tem um olho é rei.

         Caos, você se importa?




segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Colaborar. Colaborar. Colaborar.
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          A colaboração nos fez humanidade, e nos trouxe até aqui. De um jeito muito simples é possível dizer que ao colaborar o homo sapiens sabia que todos sobreviveriam mais e melhor se ajudassem mutuamente. Talvez fosse esse o jeito de não perecer num mundo tão hostil e cheio de surpresas desagradáveis.
          Em educação formal, dentro de instituições de ensino como as escolas, por exemplo, esse tipo de comportamento deve cada vez mais ser incentivado. Alunos mais espertos devem ajudar os mais demorados, e colaborar também para controlar seus próprios anseios e dificuldades. Ajudar o outro é também uma máxima cristã, quem diria, e faz todo sentido em lugares às vezes tão desagradáveis como escolas públicas de periferia. Nossa luta, nesses lugares, todos os dias, é por um ambiente menos inóspito. Uma luta onde se ganha 5 e se perde 500, mas ainda assim persistimos.



         Caos, porque você não colabora com nada?







domingo, 23 de setembro de 2018

Hoje não tem aula!
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sábado, 22 de setembro de 2018

Hoje não tem aula!
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sexta-feira, 21 de setembro de 2018


Aloha
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          É comum ver professor dando aulas chatas, entediantes. Vejo isso muito mais do que gostaria. Nos anos 90 os meus professores davam aulas assim, longas, cansativas e rígidas como um quartel militar. Hoje, pouco ou nada mudou. Infelizmente.
          Renato Russo disse em Aloha, linda canção do disco A tempestade, que todo adulto tem inveja dos mais jovens... Eu não sei honestamente se é inveja, mas, de toda maneira, todo adulto enxerga o mundo sob a ótica da dor e do sofrimento. A própria crença religiosa, aliás, esta calcada no sacrifício e na penitência íntima. Se você não sofre, não aprende. Se não transpira, não há mérito na conquista. O aprendizado deixa de ser prazeroso para ter dor, fastio e irritação da rotina massante. Se um aluno sorri, brinca, gargalha, é sinal de que não esta aprendendo - pensam os professores - e certamente esta desviando o foco da "lição". Mas nos esquecemos que a "lição" é muito menos importante que o aprendizado, e este pode vir acompanhado de risos, gracejos e diversão. 
            Como isso pode se dar, na prática, sinceramente não sei. Mas sei que estou cansado de dar aulas como eram os meus professores nas décadas de 1980 e 1990: um porre excruciante.
          

           Caos, porque não se pode rir enquanto estuda?



domingo, 9 de setembro de 2018

              Hoje não tem aula..!
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sábado, 8 de setembro de 2018

              Hoje não tem aula..!
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sexta-feira, 7 de setembro de 2018

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              Brasil... eu ainda acredito em você.

              (Hoje não tem caos)



quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Dieta estranha essa...

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              Hoje os alunos comeram apenas arroz e feijão no intervalo. O prato típico do brasileiro esta sendo levado às últimas consequências dentro de escolas públicas (de periferia, é claro) e ninguém parece se importar com isso. Numa sociedade civilizada, as pessoas bateriam panelas em protesto contra esse absurdo. Aqui, como quase tudo, pais, mães e responsáveis priorizam a compra de celulares, tênis de marca e outras coisas mais importantes do que a alimentação e educação pública de qualidade.

             Caos, você não come carne, verduras e legumes?



quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Escola pública, nós amamos você!
           Vale muito mais porque é Matemática, e porque é periferia, e porque é escola pública, e porque é...
           ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️



[*prova de potência, 6° ano]



       Caos, alguém já disse que te ama?



terça-feira, 4 de setembro de 2018

Caos, caos, caos...



             Num estado normal de lucidez uma notícia assim deveria fazer as pessoas saírem às ruas em protesto...

        Caos, você não chega a 2%.



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Nunca foi importante...
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           O incêndio no museu do Rio de Janeiro apenas evidencia o caos cultural e educacional em que vivemos - e há décadas. 
            Se a educação pudesse arder com chamas visíveis, com seus números pífios e suas politicagens nocivas à sociedade, também veríamos chamas gigantes lambendo as paredes da sociedade. 
          Nas chamas da educação, propriamente dita, o governo e o Estado, sindicatos e alguns professores burros (mal intencionados e incompetentes) são responsáveis tanto quanto o povo, que não cobra, não exige, não vota corretamente. Nas chamas dos museus (em todo o país) reina a ignorância de uma nação que se importa verdadeiramente muito pouco com o conhecimento. Não é importante. Nunca foi. Celular de marca, sim. Clássicos do fim de semana no futebol, sim. O último capítulo da novela, sim.

            Caos, você não estava dentro daquele museu?



domingo, 2 de setembro de 2018

Hoje não tem aula..!
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sábado, 1 de setembro de 2018

Hoje não tem aula..!

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Eleições 2018

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             Está difícil compreender quais as propostas dos candidatos, menos ainda sobre a educação.

             Caos, o que há de errado com esses políticos?



quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Comer mal. Estuda mal. Viver mal.
Nas escolas de 
pobre falta tudo sempre.
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         Hoje os alunos comeram macarrão. Um macarrão chechelento, diga-se de passagem. Grudento, melado, um aspecto terrível. Nenhum outro acompanhamento, nada, apenas macarrão e só. É isso o que o Estado oferece ao futuro da nação.
        Ontem, foi apenas arroz + um "mexido" de ovos no mesmo melado chechelento do macarrão de hoje. Anteontem foi arroz puro de novo e algum caldo ralo com pequeninos pedaços de carne. O Estado é bastante eficiente quando o assunto é não cuidar, não alimentar, não educar a população mais jovem. E se esta for pobre, parda e de periferia, a eficiência dobra.
       A sociedade lá fora não faz ideia do que acontece dentro das instituições públicas de ensino, que deveriam ter ao menos o mínimo, que deveriam ser o centro de conhecimento e encontro. Mas não são. 
      O Brasil não sobreviverá por muito tempo.

      Caos, o que você comeu hoje?

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Cocaína, 
você deve ser muito boa...
             Na periferia, as mazelas do tráfico e o consumo desenfreado de cocaína são tão onipresentes quanto a ausência do Estado.
             O abandono assemelha-se à desesperança...

[*foto tirada atrás da escola]


            Caos, você já cheirou hoje?



segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Tribunal 
Regional 
Eleitoral
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        Hoje participei de um treinamento no TRE, para ser mesário nas próximas eleições, e a bizarrice parece não terminar nunca.
        Boa parte dessas pessoas convocadas para o trabalho no dia da eleição é de funcionários públicos, como eu, professores e outros tantos. Havia lá toda um estrutura nos esperando logo cedo, para capacitar os futuros mesários (dentro do que e possível) mas poucas pessoas pareciam interessadas - pelo que vi.
         Do meu lado esquerdo e também direito as pessoas usavam o telefone celular, curtiam fotos no Facebook, davam like no Instagran e riam sozinhas assistindo os vídeos mais engraçados do momento. Ninguém ali demonstrou qualquer interesse pela importância do que será o ato em si, no dia da votação, bem como não parecem importarem-se com coisa alguma. Eu realmente me preocupo com a capacidade que o nosso país tem de sabotar a si mesmo, e é por isso que (sempre que posso) refuto a teoria maluca de que "o governo não quer que as pessoas estudem e assim permaneçam burras". As pessoas são e serão burras sozinhas, não é preciso o Estado impingir coisa alguma. É óbvio que apenas as próprias pessoas burras alimentam esse tipo idiota de ideia, e estão ali, com seus celulares em mão, deixando a banda da história tocar impune do lado de fora da janela. Somos tão estúpidos e incompetentes (funcionalismo público de base que o diga) que logo logo precisaremos terraplanar um país novo para sobreviver a todo o caos.

         Caos, dá pra prestar atenção pelo menos uma vez?






domingo, 26 de agosto de 2018

sábado, 25 de agosto de 2018

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Estabilidade só protege 
os incompetentes

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             Se você faz um trabalho ruim ou pouco satisfatório logo é mandado embora, perde o emprego e vai retomar seu caminho em outro lugar. É difícil para a empresa justificar essa demissão e, por isso mesmo, a legislação obriga que as instituições paguem uma multa como indenização. Pronto. Simples assim. O empregador não se vê obrigado a carregar um funcionário preguiçoso, que falta muito além do suportável, que não se recicla, não colabora, não acrescenta em nada, ou é simplesmente incompetente mesmo. E o sujeito, por sua vez, recebe o que lei manda e reflete (ou não) sobre suas práticas profissionais enquanto busca uma outra recolocação. 
             Mas no serviço público isso não é assim. 
             Há um filtro de entrada que é o concurso público (uma prova e, dependendo do tipo de serviço, algum tempo de probatório que pode levar anos) e mais nada. Depois disso se o sujeito falta ao trabalho, deixa de realizar um bom serviço ou pouco se importa em desempenhá-lo com excelência, o Estado tem de carrega-lo até que se aposente. Conheço muitos professores e  profissionais da educação assim. Creio que na área da saúde, segurança e tudo quanto é lugar onde o Estado precisa de pessoas para exercer uma atividade é a mesma coisa. Os motivos? São muitos, eu concordo. E boa parte desses giram em torno das difíceis condições de trabalho, os salários sempre abaixo do aceitável e a quase inexistência de incentivos de carreira. O que não justifica, em hipótese nenhuma, o trabalho horrível que essas pessoas desempenham.
          Creio que em breve pagaremos um preço muito caro pelos péssimos serviços públicos que recebemos (e no meu caso, pelo que oferecemos). Aqui e ali já ouço algumas vozes se levantando, mas não demora e as pessoas logo irão questionar o que pode ser um dos motivos dessa ineficiência: a estabilidade do serviço público. Permanecer décadas com um funcionário preguiçoso, desatualizado e incompetente não parece ser razoável para nenhum negócio que se preze, e também não deveria ser nos serviços públicos. 
         Essa é uma reflexão necessária e importante. Trabalhamos menos do que deveríamos e nos esforçamos muito pouco para buscar excelência, quando muito aquele arroz com feijão pra garantir o ponto do dia. E olhe lá.
         Se a educação pública fosse uma empresa privada ela teria morrido no primeiro dia de vida.

        Caos, porque você trabalha tão pouco?




quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Tudo é mal feito
Se é público
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           É curioso ver professores reclamando da péssima qualidade dos serviços públicos. Nós, também executores de serviços públicos, temos uma obrigação especial com relação a isso. Uma obrigação que raramente reconhecemos como nossa, aliás.
            Todos os dias centenas de professores simplesmente não vão trabalhar, e as razões são inúmeras e dos mais variados tipos. Há os que faltam por motivos de saúde, contratempos no trânsito ou acontecimentos de última hora. Mas há também os que simplesmente não vão. Deveriam estar lá, deveriam cumprir seus horários, mas apenas não comparecem. Em via de regra são esses os profissionais que acumulam cargos em duas ou mais instituições de ensino (há exceções, mas são raras) e escolas públicas Estaduais são sempre a última escolha no momento de decidir prioridades. Se é preciso faltar ao trabalho em algum dos empregos, que seja na escola estadual - já que noutros eles são diretores, coordenadores ou apenas recebem muito mais dinheiro e cobranças em colégios particulares.
           Não é preciso nem dizer que o trabalho dos outros profissionais que, por inúmeros motivos não faltam ao serviço, fica profundamente prejudicado. Há uma verdadeira balbúrdia dentro da escola quando mais de três ou quatro deixam de comparecer, por turno, sobrecarregando demais todo o ambiente com o dobro de demandas a cumprir. Três ou quatro é um dia comum numa escola pública estadual, especialmente em periferias de grandes centros com São Paulo (onde estou). E não parece haver nem de longe qualquer solução que resolva isso, ao menos não sem quebrar por dentro velhas mamatas, velhos direitos que sabotam mais do que ajudam em nosso dia a dia.
              O serviço público é, em geral, lugar de gente menos instruída e comprometida com as suas realizações. O convencimento ideológico e bandeiras partidárias falam muito mais alto que a noção de nossas obrigações como servidor, tudo parece sobrepor nossa real função nesse conjunto que é o de servir. Se a escola pública fosse uma empresa da iniciativa privada, já teríamos  falido décadas atrás.


            Caos, porque você falta tanto?




quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O número gay
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          Se você tem uma certa idade sabe bem o que esse número pode significar, e especialmente para os meninos ele pode representar um palavrão ou uma ofensa. Ninguém nunca quis que o seu número na sala, por exemplo, fosse 24. Seria um ano inteiro de zoações e um inferno astral constante a cada chamada. Contudo, e é engraçado, hoje essa conotação não tem o mesmo sentido e escárnio de antes. Tenho alunos meninos que são 24 e nem ele, e nem os demais colegas, têm qualquer ideia de qualquer significado depreciativo do termo. Um avanço? Sinceramente não sei.
          Essa geração encara melhor que a minha ser xingado de gay, veado ou coisa parecida. Há uma disseminação maior acerca dos direitos do outro, da compreensão do outro, e tudo isso é muito bom. Estamos bastante longe ideal (é lógico) mas posso garantir que avançamos. Especialmente quando o assunto é auto aceitação. Nem os próprios meninos que já se entendem como gays conhecem exatamente o significado ofensivo do número 24, talvez nunca tenham ouvido falar. E é melhor que assim seja.
        Pensar sobre isso me assustou um pouco, me fez lembrar o quanto fui criado num meio preconceituoso, racista e homofóbico. E, ainda assim, sobrevivi a todos e a tudo. Graças ao bom senso e à observação simplista do mundo (como tudo deve ser, aliás).

           Caos, você é uma bichinha?





terça-feira, 21 de agosto de 2018

Tetra Pak
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      Hoje um raio de esperança iluminou minhas inquietações. Vi quase uma centena de alunos se debruçando sobre caixas de leite vazias, tetra pak, de todas as cores e formatos. Abertas e planificadas como uma placa rasa cheia de informações pedindo atenção.
         Isso é escola, eu pensei. Isso é conhecimento!
     Eu não disse nada, imediatamente, e deixei-os investigar cada detalhe, cada imagem e os infindáveis números, nomes e informações contidas numa simples caixinha de leite totalmente aberta. Foi o bastante.
     As aulas transcorreram como há muito esperava, desde que me formei, e trouxeram incontáveis ideias e direcionamentos sobre como abordar cada tema  da vida real matematicamente. Uma caixa, suas medidas, suas siglas, marcas, registros, a textura do alumínio que sempre fica escondido, a interação entre eles como forma de experimentação única. Foi um dia especial.
     No contexto ideal eu teria material e a estrutura necessária para registrar esses experimentos, e incentivo para prosseguir. Mas não. A escola pública sofre pelas repetidas faltas de professores e aulas vagas se acumulam em toneladas, então há o caos, desordem e muito, mas muito barulho. É muito difícil formar um país assim.
      De toda forma, sempre imaginei que boas notícias e acontecimentos especiais viriam em situações adversas como as de hoje, imagino ter encontrado (sem exagero) um caminho específico para o ensino da matemático dentro de escolas públicas e de periferia. Onde tudo falta, material falta e até professores faltam todos os dias. 


        Caos, você falta ao trabalho se não houvesse estabilidade no serviço público?




segunda-feira, 20 de agosto de 2018

É Aprender, idiota!
Não apenas estudar.
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           Hoje o programa Roda Viva, TV Cultura, abordou no centro o tema da Educação. E a questão da aprendizagem e não apenas "estudar" foi tocada de maneira intensa e, a meu ver, correta. Alunos estudam matérias demais, conteúdos demais e aprendem de menos. O resultado, sempre digo aqui, é desânimo, desinteresse e indisciplina dentro do ambiente escolar. Ninguém parece compreender a simplicidade e a grandiosidade desse problema: se você não gosta do que estuda, não aprende. Simples assim.
          Eu (como professor) quebro a cabeça tentando imaginar formas e práticas de criar uma aula interessante, ainda mais sabendo que a minha matéria (matemática) é um baita tédio para a imensa maioria dos alunos - o próprio Roda Viva trouxe a informação aterradora de que 93% dos jovens saem do Ensino Médio sem saberem o  adequado nessa disciplina. É aterrador. É horripilante. E é comigo.
         "Adequado" significa compreender, operar e solucionar questões simples e medianas utilizando a matemática como ferramenta. Vejo todos os dias esse déficit crescer ao longo dos anos escolares, o aluno não estimulado a pensar desde muito cedo não é desafiado, e acumula longas e intermináveis lacunas do saber por inacreditáveis 12 anos de estudos (isso quando não abandona a escola antes mesmo de terminar).
         Aprendemos muito mais fora da escola que dentro dela. Sempre penso nisso. Olho os alunos realizando cálculos e tentando compreender a lição nossa de cada dia e também penso nisso. Qual a solução? Há muitas e boas possíveis. Mas precisamos de boa vontade (não apenas do governo, distante, ausente) e especialmente dos próprios professores e, acima de tudo, dos gestores da escola (nossos chefes). Aí sim estão as viabilidades de estratégias. 
       Nós, o pessoal que esta na linha de frente, professores e gestores de escolar, somos  parte deste problema. E também a possibilidade real de melhoria.
         Caos, você esta entre os 7%?






domingo, 19 de agosto de 2018

sábado, 18 de agosto de 2018

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Só isso.
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           Poucas coisas me deixam mais irritado que professor burro.
           Pronto. Hoje era só isso mesmo.


           Caos? Nada...




quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O mundo é melhor escola 
que a própria escola.
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          Esse raciocínio simples sempre me incomodou demais. A escola deveria ser o lugar onde os horizontes se ampliam, onde descobrimos parte significativa do que somos e do que podemos ser. Mas não. Ela é chata, cansativa e pouco estimulante. Todo o resto é indisciplina, tédio e bullying.  
         Pessoalmente aprendi muito mais fora que dentro da escola. É aterrador imaginar que tudo o que entendi e me interessei sobre geopolítica, história e arte/cultura aconteceu do lado externo dos muros escolares. O mesmo se deu com a matemática, aquilo que curiosamente hoje paga minhas contas. A universidade e o porre de todas as aulas contribuíram em muito para que exercitasse o máximo que pudesse como não ser um pé no saco. Se não sou o melhor professor, ao menos tento não me parecer com nenhum dos que eu tive ao longo da vida.
         O conhecimento teórico é aborrecedor, a vida é muito mais colorida. As lições são horríveis, o mundo lá fora é encantador. A realidade em sala de aula entorpece até mesmo os mais dedicados e capazes, o dinamismo das novas tecnologias é atraente, interessante, fascinante. Somos (a escola) exatamente o oposto do significado de "legal". Procure no dicionário a palavra porre e lá estará uma foto nossa, repetindo a cantinela de que estudar é importante, blá-blá-blá. 
         Escola, professores e gestores precisam urgentemente compreender qual deve ser a escola moderna e eficiente, ou todos perderemos os nossos empregos em breve.
         Caos, os alunos estão todos na porta de entrada da escola fazendo greve. Querem que que gente saia.






quarta-feira, 15 de agosto de 2018

idêntico
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          Hoje um aluno me perguntou como se escrevia a palavra idêntico, dentro de um contexto específico, quando estudávamos semelhanças entre figuras geométricas. Comecei a refletir sobre a estranheza das palavras, seus sons, formas opostas de escrita, os acentos e todas as suas nuances. Me lembrei de ter esse mesmo pensamento aos 7 anos de idade, ainda na primeira série - lá nos anos de 1980 - especialmente sobre a palavra muito.
         Muito, para mim, tinha um som estranho e esquisito. Nunca entendi porque a letra i tinha som de n ou m. Duvidei completamente de um colega quando me ajudou a escrever, olhei a grafia, relutei, mas por fim me deixei convencer. Mas até hoje, honestamente, ainda considero essa uma das palavras mais toscas e discrepantes entre escrita e pronúncia. 
        Na aula seguinte outra aluna quis saber se escrevia a palavra ouro com L ou com U mesmo. São essas as dúvidas simples que preenchem o dia a dia deste que vos escreve. Mas, para mim, a todo momento o mais surpreendente é lembrar que esses seres pequenos têm um longo caminho pela frente, e que dependem de nós para "preencher" os espaços com informações e inspirações da melhor forma possível.

         Caos, você não usa acento?





domingo, 12 de agosto de 2018