quinta-feira, 6 de junho de 2013

Abaixo ao NÃO

       Caos. Começo assim, pelo fim.
       É triste como a coisa pública tem, em geral, péssima qualidade e quase nenhuma eficiência. Às vezes, a luta chega a ser desumana. E digo isso do outro lado, o de dentro. Do lado de quem se esforça em prestar tal serviço com qualidade aceitável, se possível, e quase nunca consegue.
       Um exemplo prático: um aluno indisciplinado, por exemplo, precisa ser orientado e encaminhado pela direção escolar, contatada a família etc., para que o problema seja resolvido, os pais tomem ciência e ajam. E para que também o professor consiga, enfim, dar aula para outros 40 da mesma sala. Mas experimente fazê-lo, então, e verás que o inferno é aqui.
       Não há pessoal suficiente. Nunca há. 
       E quando há, nada se resolve, empurra-se para um e para outro. O professor fica desmoralizado, em sala, obrigado a conviver com sérios problemas de indisciplina. Em certos momentos, até com problemas de agressões diretas. Eu pessoalmente já fui agredido com um tapa na cara. Fiz B.O. Mas e daí? 
       Nada se altera no cotidiano.
       Aquele aluno indisciplinado logo se tornará 2, depois três e 4. E tudo ficará como hoje está: caos.
       Não é correto esperar que a 7.ª (ou 8.ª) potência econômica mundial salve a si mesma. Estamos criando uma geração do “Abaixo ao NÃO”, e esperamos que ela garanta a nossa aposentadoria. 
       Outra vez, o caos. Agora sim é o fim.