Este é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante.
Quem estuda
mais ganha mais. Quem estuda pouco ganha menos.
Essa lógica
tem suas exceções, claro, como tudo na vida. Entretanto, ninguém quer arriscar não estudar e ver o que acontece; talvez
você não seja a exceção do mundo, e seja melhor não arriscar...
Mas um
famoso matemático americano diz que professores não devem associar estudos e
conhecimentos com um emprego, por exemplo. Underwood Dudley afirma que a sociedade já possui
softwares, modelos e esquemas, tabelas e programas para resolver situações do nosso dia a
dia. Não precisaremos resolver uma fórmula de Bháskara para solucionar uma
determinada questão... não precisamos aprender Matemática para "arrumar um emprego"! Concordo com ele....
Mas, para
que serve (então) o conhecimento escolar de hoje? Esse é o X questão.
Se o
mercado de trabalho não utiliza esses conceitos de maneira literal (e pouco importa se o sujeito é
bom na resolução de uma equação) o que é importante então? Talvez essa seja a
pergunta mais relevante de todas: que conteúdo nós deveríamos ofertar aos
alunos, então, desde muito cedo? Em qual direção seguir?
Há quem pense que o mercado não deveria reger a escola, o seu conteúdo e o conhecimento que lá é disseminado.
Acontece que assim o é hoje. E por isso mesmo a escola é caótica e
desorganizada, suas disciplinas são desconexas e nada parece fazer sentido realmente.
Nós, professores de diferentes matérias, ensinamos a mesma coisa, no final das
contas. Mas parece que viemos de planetas diferentes. Uma pena.
O aluno não
consegue relacionar que plano cartesiano (por exemplo) pode conter matemática,
geometria, geografia, história, ciências e artes numa única lição. É triste, mas falhamos nesse
ponto. Falta empenho e vontade, coragem de ousar por parte dos professores, e
poder por parte das escolas em investir num modelo mais arrojado. Um pena parte
2.
Caos me
deixando maluco.