quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Aprovação

Todos somos iguais? Devemos ser tratados como tal?               





                Estamos próximos de mais um final de ano escolar, e uma pergunta bastante pertinente pais e responsáveis deveriam se fazer: quantos alunos da sala do meu filho foram reprovados?
                Sim, além de preocuparem-se apenas com a aprovação ou não de seus filhos, seria de extrema importância conscientizarem-se acerca do índice de aprovação de toda a turma em geral.
                Explico-me: se toda a sala foi aprovada, inclusive seu filho, ano após ano, não há que se estranhar tal fato? Sabe-se que numa sala de aula há diferentes tipos de alunos, dedicados ou não, bagunceiros ou não, entretanto, como podem todos terem o mesmo destino ao final do ano letivo? Um rápido diálogo com o estudante (e filho) e é possível descobrir quantos e quais são as peças raras da sala, aqueles que nada fazem o ano inteiro e que perturbam a ordem sistematicamente... estes também foram aprovados? 
                "Estranho", deveriam pensar alguns pais. No mínimo.
                 Que certos familiares fechem os olhos  e finjam não saber que seus filho são aprovados (ano após ano) sem saberem o mínimo do mínimo é até compreensível, dada a preguiça e desprezo agudos que estes demonstram (tal qual o filho estudante). Contudo, é assustador que pais de "bons" alunos permitam tal ocorrência sem nenhum questionamento.
                  Todos sabemos: o mundo lá fora não terá dó nenhuma desses jovens. Entretanto, porque se faz isso nas escolas, permitindo-se que estudantes aptos e dedicados misturem-se no mesmo nível a outros relapsos e preguiçosos? É caos, é erro e acerto. É fingimento.