sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval

O mesmo. Sempre.



             Nas escolas, todo carnaval é igual: máscara de papel para os alunos além de desenhos e atividades simplórias.
             Isso é uma amostra do quanto a escola não mudou, não evoluiu, e ainda repete conceitos arcaicos e retrógrados. Há 20 anos, quando eu era estudante do ensino fundamental, fazia as mesmas atividades toscas e pouco produtivas. Meus filhos e meus alunos fazem o mesmo hoje.
             Perguntei-lhes qual a história e origem do carnaval: poucos sabem. Na verdade poucos se importam. Para eles, como para todo o resto, o carnaval representa o que é: um feriadão sem aulas, sem trabalho e sem estresse.
              Máscaras e desenhos, dias de folga e bebedeira. Assim é o carnaval real no quotidiano.
              Sossega caos.




quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Verde

Luz. Sol. Tarde clara. 
Um dia eu entendo essas coisas.

             Ontem fechei os olhos quando saía da escola. Indo pra casa vi flores, verde e muito sol. Sentia-me feliz não por um motivo especial. Apenas sentia.
             Pensei tanto nisso que acabei sonhando a noite. Acordei disposto, empolgado. Sei lá. Tem dias que a vida é assim mesmo.
             Quando olhei os primeiros alunos do dia percebi que sou livre. Senti isso de verdade. Algumas contas e dívidas quotidianas não me impedem; tive essas e outras sensações agradáveis. 
             Fechei os olhos outra vez. Era dia e o sol era forte. Os alunos riram de mim. Não podiam imaginar o que se passava na minha cabeça.
              É isso: um dia feliz sem motivos especiais, uma tarde tranquila para chamar de minha. Feriadão à vista. Navegar é preciso.
              Caos, volte pro seu lugar de origem.





quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bobagens






                Sempre assusta-me ver um aluno meu segurando um livro, lendo um livro ou falando sobre livros. É uma bobagem, eu sei, mas é nessas surpresas onde eu encontro minhas melhores expectativas.





terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Borboletas

A beleza da matemática das Borboletas...








segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Borboletas

A beleza da matemática das Borboletas...









domingo, 23 de fevereiro de 2014

Borboletas

A beleza da matemática das Borboletas...









sábado, 22 de fevereiro de 2014

Borboletas

A beleza da matemática das Borboletas...








sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Borboletas


A beleza da matemática das Borboletas...






quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Borboletas

A beleza da matemática das Borboletas...













quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Assunto





              Começo de ano é tudo igual: alunos preguiçosos e professores preocupados. Há tanto que estudar e, tão pouco tempo, num ano de eleições e copa do mundo ainda mais.
               Caos a 200km/h.




terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Zero

Dar nota zero a um aluno dói tanto 
quanto recebê-lo.


          Distribuo as provas corrigidas. Todos estão ansiosos, querem saber as notas da última prova. Para que a ansiedade? Todos não sabem se estudaram ou não?
           Vejo as expressões. Susto. Medo. Pânico. A escala é sempre ascendente.
           Vejo as decepções. Ansiedade. Desânimo. Cara feia. Aqui a escala é descendente.
           Porque um aluno tira nota zero? Como um aluno consegue sempre tirar nota zero? Essa questão me intriga...
            Faço um comunicado. Falo da minha própria frustração, do quanto foi amargo corrigir provas tão ruins. Encerro como sempre encerro, dizendo que fiz o meu melhor (o que é verdade) e que esperava muito mais deles (o que também é verdade). 
            Nota zero é difícil. É o pior dos casos, o extremo dentro da sala de aula. Em escola pública e particular, ambos se identificam sob as mesmas justificativas: alienação da família, desinteresse extremo do aluno, descaso generalizado de todos. O caos, quando vem, traz consigo uma dolorosa nota zero.





segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Pizza

Pedaços de explicação, lousa, giz e muita saliva. 
Para que serve tudo isso mesmo?

           É comum professor resumir o resumo do resumo. Para que alunos entendam questões mais complexas, e elaborem respostas de qualidade sozinhos, nós costumamos seguir dois caminhos distintos e opostos: ou largamos de mão e mandamos ver no conteúdo, ou andamos vagarosamente pensando naqueles que nada entendem (ou nem se esforçam para entender).
            Hoje pensei muito nisso. Corrigindo provas, avaliações e trabalhos dos alunos, noto uma semelhança atroz. E é uma semelhança negativa. 
            A escola esta velha demais ou os alunos pioraram? Essa pergunta talvez nunca tenha respostas.
             Alguém aí se importa como a torre de pizza ficou inclinada? Acho que não...
            Quanto mais eu rezo, mais o caos persegue-me.



domingo, 16 de fevereiro de 2014

Ñ é B (parte 77)


Da série "escola não é brincadeira":





(Ser humano em construção? Cabem muitas legendas aqui. Gostei.)




sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ñ é B (parte 76)


Da série "escola não é brincadeira":



(Entendam como quiser)



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Provas

Prova! Hoje tem prova!!
Alunos jamais entenderão qual a sensação de estar do outro lado...



          Essa semana comecei um ciclo de avaliações com meus alunos. As primeiras provas de matemática do ano.
           Praticamente todas as salas e séries fizeram provas. E além da pilha de coisas para corrigir, organizar e lançar no diário de classe, uma outra sensação conhecida me visitou por esses dias também: a angústia.
            Quando eu era aluno minha agonia e medo não eram diferentes do que vejo agora no rosto de cada aluno que tenho, principalmente em se tratando de Matemática e todos os seus estigmas. Hoje, entretanto, na posição de professor, sinto-me por vezes desconfortável e um tanto ansioso, às vezes mais que os estudantes cujos quais avalio.
             Sou rígido, sim, pois quero o melhor e o maior aproveitamento possível. Não me contento com pouco, lógico, e nem o poderia. Mas avaliar alguém, dar-lhe uma nota (caramba!) isso é muuuuito sério!
             Lembro-me da primeira vez em que corrigi uma prova, os dilemas e as dúvidas: "que nota eu dou para essa pessoa?" "Qual nota essa pessoa realmente merece?" "Levo em conta o esforço? Ou é preto no branco, certo ou errado?"
              Professor também fica em dúvida, também se irrita com o frio, calor e o trânsito. E corrige provas conforme o dia, o tempo, a vida e os muitos problemas pessoais que tem. Tudo influencia. Absolutamente tudo. E se o aluno ajudar, se esforçar mesmo, isso conta tanto quanto (ou mais) que uma resposta certa ou errada
             Tenho alunos que jamais deixarei com média vermelha, por exemplo, exatamente por ter consciência de que nunca serão gênios da matemática, mas que se esforçam tanto e tanto, que merecem uma nota razoável e uma chance a mais. Sempre uma chance a mais.
              Eu, do meu lado, fico ansioso para que todos se saiam bem. Gostaria de ter mais tempo, de ser pago pelo dia inteiro, e de poder elaborar projetos, trabalhos e desafios verdadeiros. E não apenas exercícios e problemas descolados da realidade... 
              O caos espreita, me xinga. Eu ignoro-o, como o vento.





quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Provas

Prova! Hoje tem prova!!


Alunos:
não se preocupem com o terror das provas 
e o horror das notas.

Em breve vocês trocarão ambos por um trabalho 
infeliz e um salário de merda.





"Não se importe com as coisas que eu lhe digo (...) a vida é muito pior".
[Apenas um rapaz latino americano - Belchior]







quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Provas

Prova! Hoje tem prova!!


Alunos: o que é melhor?
Tirar 7 numa prova difícil ou DEZ num trabalho 
mequetrefe copiado do colega?










terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Provas

Prova! Hoje tem prova!!





Alunos: provas provam alguma coisa?
Então o que fazer para avaliar efetivamente estudantes?
Responda e será o primeiro em séculos a encontrar as respostas.






segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Provas

Prova! Hoje tem prova!!






Alunos: 
vocês jamais entenderão qual a sensação de estar do outro lado...





Domingo? Sim..!


sábado, 8 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cansado








Sexta feira e, eu, ainda mais cansado.












quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cansado








Alguma coisa no ar e, eu, cansado.












quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Cansado









Cansado

Adjetivo; Fatigado, afadigado. 

Aborrecido, enfastiado.











terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cansado








O ano só começou e, eu, cansado.











segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cansado








A semana só começou e, eu, cansado.










domingo, 2 de fevereiro de 2014

sábado, 1 de fevereiro de 2014