segunda-feira, 10 de março de 2014

Felicidade

Parte 1


Somos todos programados. 
Crescemos para onde?


            Para que "treino" meus alunos? Porque ensino Matemática para os meus alunos? Essas e outras perguntas me vem à mente, sempre, em dias como estes de avaliações e trabalhos que solicito aos estudantes.
             A grande questão, para mim, é a utilidade prática da atual escola. Para que ela serve? Para que os alunos estudam? Para arrumarem emprego? Subemprego? Que tipo de vida estes estudantes de hoje levarão?
             São Paulo possui quase 12 milhões de habitantes. Todos amontoados em ônibus, carros e trens superlotados. Levamos uma vida de cão. Uma vida de merda. Vivemos para enriquecer o patrão, a patroa e os muitos "chefes" que encontramos todos os dias para nos mandar nisso e aquilo. E eu pergunto: para onde vamos? Para onde vão todos esses jovens, que vida terão, que mundo construirão? Ou, infelizmente, farão o mesmo que hoje nós (os "adultos") fazemos? Serão como nós somos? Viverão como nós vivemos? Que merda...
             O patrão ri satisfeito, milhões de "pessoas objetos" enchendo os bolsos gordos de meia dúzia de parasitas. Porque não mudamos essa história? Porque não viramos esse "jogo"? Talvez sejamos covardes demais e esses jovens optem também pela covardia, e se enfiem num empreguinho de merda, num lugarzinho de merda, e tenham uma vidinha de merda. 
              Porque ensino matemática? Para que tenham emprego? Sinceramente...
               Caos é pouco.