terça-feira, 8 de abril de 2014

Lógica

Série Raciocínio lógicoparte 2.

Se você não é capaz 
de compreender uma questão importante, 
você certamente precisa dessa questão 
mais que qualquer um.



        Precisar explicar a importância de algo, antes mesmo desse "algo" ser explicado, é tão cansativo quanto importante. Exemplo: sempre que vou começar um novo conteúdo numa sala de aula, relembro referências importantes e desenvolvo um "caminho" na memória até chegar onde eu quero. Em seguida explico a utilização prática de determinado cálculo [isso ajuda muito] e onde eles podem usar isso e aquilo que vamos estudar. Aí, lógico, uma sequência de exercícios e mais exercícios.
          Já ouvi de professor pai e mãe de aluno que acha um absurdo completo a "quantidade de exercícios que o filho recebe", [coitadinho].
         Se o estudante não é capaz de utilizar todo o imenso tempo que possui para realizar atividades escolares, praticar, repetir e exercitar as lições que recebe, que tipo de profissional será ele quando adulto? Que tipo de adulto será ele quando crescer? 
          Provavelmente o mesmo preguiçoso que hoje conta com a leniência da família.



         Ter dificuldades de compreensão é mais que normal, é parte integrante do processo. Contudo, algumas famílias "facilitam" a vida de jovens e crianças permitindo que desistam e passam a reclamar [junto com eles] de absurdos aqui impublicáveis. Mas as dificuldades não podem se tornar uma desculpa recorrente, praticar e exercitar, procurar os colegas e o professor é mais um entre tantos outros detalhes que ajudam na compreensão do que precisamos estudar.
        Outro exemplo: se numa equação eu preciso descobrir "quantas laranjas" ou "quantos limões" devo comprar numa determinada situação, é lógico que somente a repetição e o erro me farão compreender a melhor maneira de resolver os exercícios. E o que vejo? Preguiça, queixas e mais reclamações...
            Pior que isso: vejo pais e mães coniventes assumindo a incapacidade do filho em estudar esse ou aquele conteúdo. Quando, na verdade, apenas estão transferindo para estes as mesmas frustrações que também tinham desde há época de estudantes. Ou seja, uma droga completa.
            A escola ideal ainda não existe [nem sei se existirá um dia], contudo, é preciso entender que estudar determinadas "matérias", disciplinas e lições, é tão ou mais importante que saber onde e como cada coisa é aplicada no "mundo real". 
             Acaso o estudo de uma equação não é algo real? Preciso mesmo introduzir "laranjas" ou "limões" para que o aluno compreenda que tal conteúdo é importante?




          Vivemos tempos difíceis. Tempos esquisitos. 
         A estupidez e a ineficiência prevalecem, e o mais tolo se sobrepõe. É este infelizmente quem diz que estudar é chato, é este que hoje esta rico sem esforço algum, que se "deu bem". E espalha por aí que escola é chato, que estudar é chato. E que tudo o que há de melhor é somente vídeo game, reality show e internet. 
        Repito: é preciso que os alunos estudem SIM! Que pratiquem SIM! Que saibam resolver problemas de porcentagens, cálculos geométricos, verbos, substantivos e adjetivos. Que saibam quem foram os principais nomes da história. Os compostos químicos e biológicos. Que compreendam outros povos, outras línguas, e que estejam atualizados quanto ao conhecimento técnico e teórico. 
           A prática vem com o tempo, vem com o aprendizado. Vem com esforço e dedicação.
             Imagina se grandes nomes da humanidade houvessem declinado do esforço e dedicação? Como estaria o mundo? Onde estariam as grandes descobertas? Como estaria o mundo atualmente? 
           Provavelmente sem energia elétrica, aquecimento e água limpa, meios de comunicação e tratamento de saúde [para dizer só o mínimo].
        É por isso que, em post's anteriores, já afirmei aqui que o conhecimento infelizmente é para poucos, e que a ignorância sempre reinará sob o céu. Pois é preciso muito esforço para saber, para ser e para ter algo que realmente valha a pena. Algo que não se perca com a chuva e a enchente.
        Caos a todo vapor.