Recomeço. Quinto dia.
Quinto
dia. Termina a primeira semana. Que susto...
Voltar de férias é sempre um
sufoco enorme, e para mim foi ainda mais difícil. Voltei das férias para um
lugar aonde não conheço ninguém, aonde terei de construir a minha história e
conquistar o respeito de muitos, de colegas professores, de alunos e alunas, de
toda uma comunidade que sequer sabe da minha existência...
É um longo caminho que se
desvenda à minha frente.
"Troquei" o trabalho
de professor em escola particular e pública num bairro distante [muito distante]
para ocupar um cargo público efetivo [com estabilidade e suas garantias, tão
importantes nos dias de hoje] exatamente na rua da minha casa, há 4 ou 5 cinco
minutos de caminhada. E aqui estou.
Talvez muita gente não
entenda, principalmente os mais novos, o que significa ter “qualidade de vida”,
numa cidade tão maluca como São Paulo. Em post’s anteriores eu já me queixava
do tempo que eu levava para ir e voltar do trabalho, e do quanto eu me sentia
cansado [vide post's Ônibus, Felicidade e Greve]. Hoje,
confesso, me sinto até “estranho”, é como se eu “não tivesse trabalhado”...
Almoço e janto com a minha família, tenho ânimo para verificar um a um os cadernos
e lições de casa dos meus filhos... Nada paga isso. Ainda mais que agora sou
melhor e mais bem remunerado. O Estado tem muitas deficiências, muitas que eu
não escondo e trato aqui, mas ele paga melhor que a maioria escolas
particulares que conhecemos.
Ou seja, só vejo boas notícias se anuviando.
Ou seja, só vejo boas notícias se anuviando.
Aos meus antigos e eternos alunos, o meu forte e sincero abraço. Vocês sabem que são capazes, e muitos outros professores ainda passarão por suas vidas [espero] em escolas e universidades... É o caminho que temos de seguir. Fizemos história, não? Tenho certeza absoluta que sim...
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