sexta-feira, 18 de julho de 2014

dia #5:

Recomeço. Quinto dia.


                Quinto dia. Termina a primeira semana. Que susto...

               Voltar de férias é sempre um sufoco enorme, e para mim foi ainda mais difícil. Voltei das férias para um lugar aonde não conheço ninguém, aonde terei de construir a minha história e conquistar o respeito de muitos, de colegas professores, de alunos e alunas, de toda uma comunidade que sequer sabe da minha existência...

                É um longo caminho que se desvenda à minha frente.

              "Troquei" o trabalho de professor em escola particular e pública num bairro distante [muito distante] para ocupar um cargo público efetivo [com estabilidade e suas garantias, tão importantes nos dias de hoje] exatamente na rua da minha casa, há 4 ou 5 cinco minutos de caminhada. E aqui estou.

             Talvez muita gente não entenda, principalmente os mais novos, o que significa ter “qualidade de vida”, numa cidade tão maluca como São Paulo. Em post’s anteriores eu já me queixava do tempo que eu levava para ir e voltar do trabalho, e do quanto eu me sentia cansado [vide post's ÔnibusFelicidade e Greve]. Hoje, confesso, me sinto até “estranho”, é como se eu “não tivesse trabalhado”... Almoço e janto com a minha família, tenho ânimo para verificar um a um os cadernos e lições de casa dos meus filhos... Nada paga isso. Ainda mais que agora sou melhor e mais bem remunerado. O Estado tem muitas deficiências, muitas que eu não escondo e trato aqui, mas ele paga melhor que a maioria escolas particulares que conhecemos. 

                Ou seja, só vejo boas notícias se anuviando.

                Aos meus antigos e eternos alunos, o meu forte e sincero abraço. Vocês sabem que são capazes, e muitos outros professores ainda passarão por suas vidas [espero] em escolas e universidades... É o caminho que temos de seguir. Fizemos história, não? Tenho certeza absoluta que sim...



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