quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Iguais?

Porque justamente nossas diferenças
não são avaliadas como 
o mais importante?


                   Se uma montadora de automóveis resolve contratar profissionais para sua nova fábrica, que tipo de trabalhadores ela mais precisará? Técnicos? Engenheiros? Projetistas? Não, de carregadores e auxiliares de limpeza.
                O mundo real nos diz que, se todo mundo se formar como médico, não haverá quem limpe o chão do hospital... Quem fará esse serviço? As máquinas? Quem ligará as máquinas? Outras máquinas..?
              Outro exemplo: se todos se formarem como engenheiros e projetistas automobilísticos, quem lavará os carros? Quem trocará os pneus? Quem recolherá suas carcaças num desmanche?
                É cruel, eu sei, mas é assim que as coisas funcionam.
           Por esses dias, e desde há muito tempo atrás, venho repetindo essas comparações com os alunos que tenho. A maioria finge que compreende, desconversa, e não percebe as atrocidades de uma frase como esta, de uma afirmação como esta. Mas é assim que o mundo é.
                Numa sala de aula, por exemplo, é possível observar quem o mundo lá fora "aproveitará" e quem será descartado; quem serão os "patrões" e quem serão os "empregados". Não há uma regra específica que determine o destino de cada um, mas a lógica que opera no mundo, contudo, me faz notar quais meninos e quais meninas estão um passo à frente da maioria. Quais possuem as qualidades e o empenho necessário, a disciplina, interesses e habilidades. E quais não se dedicam, não se interessam e não se esforçam... É incrível como isso tudo é claramente visível numa classe de uma escola...
              Motivos à parte [social, familiar, psicológicos e cognitivos] penso que a escola do futuro deveria trabalhar esses "detalhes", essas "diferenças". Melhorar o potencial de quem tem, e despertar outros nos demais...
            Afinal, que adianta dar tratamento igualitário a um grupo que não é igual? Que adianta "misturar", numa mesma sala de aula, ou mesmo numa escola inteira, crianças e jovens com habilidades e interesses tão difusos...?
              Ensinamos que todos são iguais, e esquecemos que o melhor entre eles é justamente a diferença.

              Caos: tamos junto!





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