quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia estranho...

Quem resolve 
o que não tem solução?

              Hoje foi esquisito. Gastei um tempão tentando solucionar problemas de ameaça entre alunos. Um, o que ameaça, tem passagem por roubo e tudo. E tem só 16 anos de idade. O outro, o ameaçado, um menino talentoso, desenha bem, bom amigo e delicado com o trato social. O que fazer? Efetivamente, nada. Essa é a triste verdade.
           Problemas internos escolares raramente viram caso de polícia. Tratamos de registrar em "documento", em diários de classe, chamamos a direção, professor mediador [que serve para gerir esses e outros conflitos semelhantes na escola], conversa com um, depois com outro, mas é só. Efetivamente a escola não tem maiores poderes. Temos apenas o "diálogo" e o poder do "convencimento". E é só.
           Chamar os pais? Já fizemos isso. Eles não vem. Nunca vem.
           Então fazer o que? Tem o Conselho Tutelar. Já fizemos também. Mas este é tão abarrotado de casos e tão mal aparelhado que mal pode nos ajudar. Então esses alunos problemáticos voltam, e todo mundo finge que esta tudo bem. Não esta. 
           O que fazer então? Bem, resta-nos apenas conversar. E é só.
           Se o pior acontecer, se o aluno ameaçado sofrer qualquer agressão, ou mesmo for morto [sinceramente não duvido dessa possibilidade] este entrará, como tantos outros casos, para a estatística. E é só.
           Difícil ser professor numa sociedade que negligencia respeito à educação. "Pátria educadora"? Só que não...
           Caos, pare de ameaçar os bons alunos.



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