Porque pensamos
que somos melhores que nossos alunos?
Último sábado, treze horas, estou sentando numa sala de aula. Desta vez na posição de "aluno". Olho em volta, todos ali também são professores. A maioria esta impaciente. O curso é exclusivo para os novos professores concursados no ano de 2014, um curso obrigatório de formação e parte integrante do início da carreira na rede.
Parte#5
Pois bem, antes mesmo do início ouço os resmungos, as queixas e o eterno e conhecido muro de lamentações que parece ser quesito obrigatório para esses profissionais. Uma pena. Começa o curso, os "alunos" reclamam ainda mais. Vejo impaciência, desinteresse, bocejo, murmuros... O que deveria durar 4 horas não passa de 50 minutos, se muito. E ainda assim ouve-se queixas, críticas e reclamações iracíveis.
É incrível como não damos o que pedimos.
Porque somos [ou achamos que somos] melhores que os nossos alunos? Porque "brigamos" tanto para que jovens e crianças dediquem-se de verdade aos estudos, ao conhecimento, se nós ["profissionais" da educação] somos incapazes de fazer o mesmo? Somos, de fato, melhor que aqueles que criticamos e cobramos?